as ideias florescem

terça-feira, 21 de setembro de 2010

21.setembro.2010 Equinócio de Outono



Neste dia juntamente com o dia 21 de Março, o dia sol é igual ao dia noite, ou seja, 12 horas de dia e 12 horas de noite.
A partir de agora as noites começam a ser maiores, até atingirem o máximo no dia 21 de Dezembro - Solestício de Inverno.

domingo, 19 de setembro de 2010

1.º aniversário Casa das Histórias Paula Rego (18 setembro)

Paula Rego

Paula Figueiroa Rego nasceu em 1935 em Lisboa. As memórias mais marcantes são da casa dos avós paternos, onde costumava ficar sempre que os progenitores estavam em Inglaterra. Ali, os gansos, patos, pintos e galinhas ajudavam-na a passar o tempo. Além disto, desenhava muito. À medida que o fazia, as histórias cresciam dentro de si, vindo a sugerir novas narrativas como as que hoje se constroem a partir dos seus quadros. “A obra de Paula Rego é muito pessoal, são coisas com que ela brincava quando era pequenina”, diz Maria José Palla, fotógrafa e professora universitária.
A pintura sempre lhe serviu para expressar emoções: medo, injustiça, inveja ou terror. Oriunda de uma família da alta burguesia, frequenta a St. Julian’s School, no Estoril. Ao reconhecerem o seu talento para a pintura, os professores incentivam-na a prosseguir. Não se avizinhava coisa fácil. Em Portugal, era uma carreira que estava destinada a homens ou a jovens de sociedade, enquanto breve devaneio diletante, antes de se tornarem esposas e mães.
Em 1954 Paula Rego parte para Londres, onde frequenta a Slade School of Art. O fim dos estudos determina outro futuro. Paula Rego conhece o pintor inglês Victor Willing, com quem casa, e aprende a fazer “arte de adulto”, como chama à pintura de cavalete. Opta por viver em Inglaterra, embora exponha regularmente em Portugal.

E o que lhe apetece é contar histórias em pintura.






quarta-feira, 15 de setembro de 2010

120.º Aniversário Agatha Christie




Agatha Christie nasceu Agatha May Clarissa Miller, em Torquay, na Grã-Bretanha, em 1890. Durante a I Guerra Mundial, prestou serviço voluntário num hospital, primeiro como enfermeira e depois como funcionária da farmácia e do dispensário. Esta experiência revelar-se-ia fundamental, não só para o conhecimento dos venenos e preparados que figurariam em muitos dos seus livros, mas também para a própria concepção da sua carreira na escrita. Com o seu segundo marido, o arqueólogo Max Mallowan, Agatha viajaria um pouco por todo o mundo, participando activamente nas suas escavações arqueológicas, nunca abandonando contudo a escrita, nem deixando passar em claro a magnífica fonte de conhecimentos e inspiração que estas representavam.Autora de cerca de 300 obras (entre romances de mistério, poesia, peças para rádio e teatro, contos, documentários, uma autobiografia e seis romances publicados sob o pseudónimo de Mary Westmacott), viu o seu talento e o seu papel na literatura e nas artes oficialmente reconhecidos em 1956, ano em que foi distinguida com o título de Commander of the British Empire. Em 1971, a Rainha Isabel II consagrou-a com o título de Dame of the British Empire. Deixando para trás um legado universal celebrado em mais de cem línguas, a Rainha do Crime, ou Duquesa da Morte (como ela preferia ser apelidada), morreu em 12 de Janeiro de 1976. Em 2000, a 31st Bouchercon World Mistery Convention galardoou Agatha Christie com dois prémios: ela foi considerada a Melhor Autora de Livros Policiais do Século XX e os livros protagonizados por Hercule Poirot a Melhor Série Policial do mesmo século.
Para mais informações pode consultar o site oficial da autora em: www.agathachristie.com.

domingo, 12 de setembro de 2010


O Poema

O poema não é o canto
que do grilo para a rosa cresce.
O poema é o grilo
é a rosa e é aquilo que cresce.
É o pensamento que exclui
uma determinação na fonte
donde ele flui e naquilo que descreve.
O poema é o que no homem
para lá do homem se atreve.
Os acontecimentos são pedras
e a poesia transcendê-las
na já longínqua noção de descrevê-las.
E essa própria noção é só uma saudade
que se desvanece na poesia.
Pura intenção de cantar
o que não conhece.
Natália Correia, in Poemas (1955)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Bons conselhos a seguir


Há sensivelmente um ano, o presidente dos E.U.A. proferiu este excelente discurso, aquando da abertura do ano lectivo. Vamos relembrá-lo e retirar deste bons ensinamentos:

Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama. Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro...". Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.
Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem. No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.
E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser presidentes de câmara ou deputados, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.
No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso. E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.
Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola.
Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto. Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.
Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vós. É por isso que hoje me dirijo a cada um de vós para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar.
O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.
Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."
Estas pessoas alcançam os seus objectivos porque percebem que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais. Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo. Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude. E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.
Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país? As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

11.setembro.2001 - o dia que mudou o mundo



Há nove anos, o mundo parou quando 19 membros da Al-Qaeda assumiram o controle de quatro aviões e provocaram uma série de atentados nos Estados Unidos, causando aproximadamente 3 mil mortos. Menos de dois meses depois, George W. Bush e os seus aliados decidiram invadir o Afeganistão e, em 2003, o Iraque, no intuito de encetar o que o presidente apelidou de "guerra contra o terrorismo".

Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, emissoras de TV do mundo inteiro suspenderam as suas programações para transmitir ao vivo o desespero de milhares de americanos. Duas das aeronaves sequestradas colidiram contra as torres do World Trade Center, em Manhattan, Nova Iorque, local que acabou por se tornar o símbolo dos ataques e reunir homenagens às vítimas.

Um terceiro avião colidiu contra o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA, em Washington, e a quarta aeronave foi encontrada em Shanksville, na Pensilvânia. Há duas versões para o que teria acontecido com este último avião. Segundo a primeira, os passageiros teriam entrando em confronto com os terroristas provocando a queda da aeronave. Já a segunda diz que o avião teria sido abatido antes de atingir o Capitólio.

No ano passado, Bush inaugurou no Pentágono o primeiro grande memorial às vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001. A construção de outro memorial, no local onde ficavam as Torres Gêmeas, pode não ser concluída até ao 10.º aniversário dos atentados. A reconstrução dos arranha-céus está paralisada, especialmente após a crise económica que atingiu o mundo inteiro no ano passado, e é alvo de inúmeras críticas.

Ano após ano, as autoridades de Nova York prometem reconstruir o Ground Zero. Na sua forma mais ambiciosa, o projecto incluía cinco arranha-céus, um memorial e um terminal de transporte ferroviário. Entretanto, as estruturas visíveis hoje são mínimas. Obama anunciou que pretende fazer do aniversário dos ataques o primeiro dia de Celebração Nacional de Homenagens e Lembranças ao episódio. Em 2011, a expectativa é transformar o evento no maior dia de homenagens da história dos EUA. Por enquanto, quem visita a cidade e procura uma lembrança, ou quer saber mais sobre o que será feito do local onde milhares de vidas foram perdidas vai encontrar o centro de visita do National September 11 Memorial & Museum, a poucos metros do local onde se encontravam as torres gémeas do World Trade Center.

A partir deste dia, o mundo perdeu muita da sua inocência...