Howard Carter
Howard
Carter nasceu a 9 de março
de 1874 em Kensington, Londres. Não teve uma educação formal e através de seu
pai, Samuel Carter, um artista, foi-se entranhando na arte e aprendendo o seu
futuro ofício como desenhista e pintor. Com muito talento e nenhuma ambição em
se dedicar aos negócios da família, a pintura de retratos de famílias da
região, Howard seguiu o seu destino ao ver uma oportunidade de ir ao Egito e
trabalhar para a Egyptian Exploration Fund, responsável em fazer cópias dos desenhos
e inscrições e documentos para os estudiosos. Em outubro de 1891, com a idade
de 17 anos, Carter foi a Alexandria. O primeiro projeto que Carter
participou foi em Bani Hassan. Diz-se que esse trabalho o deixou tão
entusiasmado que chegava a ponto de trabalhar o dia inteiro e depois dormia com
os morcegos numa tumba.
Em 1899, com
25 anos, Carter recebeu o convite para o seu primeiro trabalho como Inspetor chefe Geral de
Monumentos do alto Egito. O convite foi feito pelo então diretor de antiguidades
egípcias, Gaston Maspero. A responsabilidade de Carter incluía supervisionar e
controlar a arqueologia ao longo da região mais importante do Egito, incluindo
Tebas. A grande mudança na vida de Carter foi causada por um incidente
entre os guardas egípcios e turistas franceses bêbados. Os arruaceiros
tornaram-se agressivos e começaram a danificar artefactos preciosos. Carter
tomou partido dos guardas e os franceses, sentindo-se ultrajados, já que os
europeus eram sempre vistos como soberanos em qualquer situação que envolvesse
o pobre povo egípcio, exigiram no dia seguinte dos altos escalões, incluindo o
próprio cônsul egípcio, Lord Cromer, que chamassem Carter e o obrigassem a se
desculpar pelo seu comportamento. Com a veemente recusa de Carter, Petrie
teve, a contragosto, que dispensá-lo, para que o incidente não tomasse a
dimensão de um incidente diplomático. De 1905 a 1907, Carter sobreviveu
como guia de excursões, vendeu as suas aguarelas aos turistas e negociou com
antiguidades. Em 1908, Carter, com indicação do seu amigo fiel, Maspero,
conseguiu trabalho. O arqueólogo tornou-se supervisor das escavações
patrocinadas por um milionário apaixonado pelo Egito, George Herbert, o 5.º
Lord Carnarvon. Lord Carnarvon era um desportista e colecionador de objetos
de arte. Frequentador de todos os campos de corrida e um exímio atirador. Era
senhor de enorme fortuna e dono do terceiro carro licenciado na Inglaterra.
Chegou ao Egito um ano antes, em 1906, para se recuperar de um acidente
automobilístico que o deixou com problemas respiratórios: foi sugerido pelos
médicos que buscasse uma região de clima seco e o Egito era muito frequentado
pelos ingleses nessa época. Um amigo emprestou a Lord Carnarvon uma concessão
para escavar a área. Carnarvon precisava de um especialista e foi apresentado a
Carter, que logo mostrou suas ideias a Lord Carnarvon.
O
arqueólogo tinha muitas aspirações
Uma delas era
encontrar a tumba de um rei do qual só se sabia por causa de umas poucas peças
encontradas com seu nome gravado: o então desconhecido Tutankamon!
Carter começou a pesquisar a possibilidade de que a tumba do Faraó Tutankamon
estivesse escondida no Vale dos Reis. O vale dos Reis nessa época era
uma verdadeira muralha de pedras e havia um pico rochoso em forma de pirâmide
chamado "Cabo Horn". Ao pé da parede de rocha, detritos, pedras e
terra se desprendiam e escorregavam para o vale. Nas encostas, cavidades e
tumbas escavadas, cujos entulhos aglomeravam-se no solo sagrado revirado.
Nenhum indício de onde começar a cavar, mas já experiente, Carter tinha um plano... Só em 1914, tiveram início as escavações, mas, por causa da Primeira Guerra Mundial, o trabalho de escavação foi interrompido e só retomado em 1917. As escavações continuaram sem êxito até 1922, quando, no dia 4 de novembro, foi encontrado um degrau esculpido em rocha viva ao pé da tumba de Ramsés VI. O momento mais esperado veio no dia 17 de fevereiro de 1923, quando se abriu a porta da câmara mortuária e surgiu um imenso sacrário dourado que tinha uma porta com dois batentes na outra extremidade. No total, havia quatro esquifes, um dentro do outro, todos cobertos com ouro em folha e o último contendo um esquife de quartzo. Dentro dele estavam três sarcófagos antropomórficos, representando Tutankamon, um dentro do outro, mostrando o bonito rosto do faraó; o mais interior era de ouro puro. Neste último estava o corpo.
Nenhum indício de onde começar a cavar, mas já experiente, Carter tinha um plano... Só em 1914, tiveram início as escavações, mas, por causa da Primeira Guerra Mundial, o trabalho de escavação foi interrompido e só retomado em 1917. As escavações continuaram sem êxito até 1922, quando, no dia 4 de novembro, foi encontrado um degrau esculpido em rocha viva ao pé da tumba de Ramsés VI. O momento mais esperado veio no dia 17 de fevereiro de 1923, quando se abriu a porta da câmara mortuária e surgiu um imenso sacrário dourado que tinha uma porta com dois batentes na outra extremidade. No total, havia quatro esquifes, um dentro do outro, todos cobertos com ouro em folha e o último contendo um esquife de quartzo. Dentro dele estavam três sarcófagos antropomórficos, representando Tutankamon, um dentro do outro, mostrando o bonito rosto do faraó; o mais interior era de ouro puro. Neste último estava o corpo.
Bibliografia:
Deuses Túmulos e Sábios, C.W. Ceram
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